Quem vigia os vigilantes?

Tiago

Hopper já falava de liderança em TI

A proposta é voltarmos com postagens curtas e mais rápidas. Artigos maiores levam bem mais tempo para serem escritos e a periodicidade é menor, então voltemos a posts menores, mais diretos:

"Grace Murray Hopper (Nova Iorque, 9 de dezembro de 1906 — Condado de Arlington, 1 de janeiro de 1992) foi almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos nas décadas de 1940 e 1950, criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic (em desuso) — base para a criação do COBOL — e uma das primeiras programadoras do computador Harvard Mark I em 1944." (fonte)

Grace Hopper contribuiu para o surgimento do Cobol

Fonte da imagem: Women Resisting Oppression

A Sra. Hopper tem algumas citações bacanas; para esse início de semana, quero deixar duas para refletirmos:

"Você não gerencia pessoas, você gerencia coisas. Você lidera pessoas."

"Exageramos na gestão e esquecemos a liderança."

O que sustenta as organizações: Pessoas, Processos e Tecnologia.

Números e resultados são ótimos parâmetros para gestão; sabemos disso. Mas, se você não tiver as pessoas, não importam os números. Na verdade, não terá número algum.

Historinha para ilustrar que aconteceu recentemente: uma pessoa de uma squad onde trabalha um amigo recebeu uma proposta para trabalhar em outra empresa de tecnologia com benefícios semelhantes e salário mais alto. A propósito, uma squad é uma nomenclatura de um grupo de trabalho, normalmente usada em empresas que adotam gerenciamento baseado em metodologias ágeis.

Mas voltemos ao caso: o interesse dele era manter o profissional (desenvolvedor pleno), mas não seria possível equiparar o salário da oferta que ele recebera do mercado. Conversaram e o profissional em questão recebeu um reajuste no salário e, mesmo assim, ficou um pouco abaixo da oferta da concorrente (15% a menos). Mesmo assim, decidiu ficar devido ao ambiente e à cultura da empresa.

Sabe o que é cultura? É o comportamento, práticas, tradições e vivências de um grupo. Grupo de PESSOAS. Ou seja, quem faz a cultura de um grupo são as pessoas.

Grace Hopper já tinha entendido isso. Linguagens de computador mudam, evoluem, aparecem e desaparecem (embora o "Cobolzinho", iniciado por ela, esteja firme aí até hoje). Os administradores sabem que paradigmas de gestão vêm e vão (Downsizing, TQM, etc.). O que não muda é que as pessoas estão sempre envolvidas. Dessa forma, não podemos fazer "gestão de pessoas", de números e muito menos de "recursos humanos". Precisamos liderar, nos envolver, entender o que acontece e inspirar. Sem as pessoas, qualquer organização perde valor.

Olhar e ter cuidado com as pessoas envolvidas em todos os processos de trabalho é condição sine qua non para que a organização se fortaleça.

Quer conhecer um pouco mais sobre como profissionais de TI constroem suas carreiras? Leia agora.

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